sexta-feira, 13 de maio de 2011

Você tem sede de quê?

Sábado dia 07/04/2011 o “CLUBE DA LEITURA” formado por alunos da UNILA, sob coordenação da professora  de Literatura Latino-Americana, Dra. Diana Araujo Pereira, que tem como objetivo “colocar na roda de discussão” autores/escritores Latino-Americanos. O primeiro escolhido, para minha agradável surpresa, foi o colombiano Gabriel Garcia Marquez, autor de um de meus livros prediletos: “CEM ANOS DE SOLIDÃO”  (NOBEL de literatura em 1982), um livro arrebatador que a cada leitura (o li três vezes em épocas diferentes de minha vida), proporciona novas descobertas, novas possibilidades poéticas devido ao enorme número de metáforas recorrentes ao autor. Um Realismo Fantástico (classificação literária) que aos poucos vai se tornando "possível",  dependendo da "quantidade de poesia” que colocamos em nosso olhar! Personagens riquíssimos, repetições de nomes que exigem uma dedicada atenção, dores familiares, "aquelas que parecem vir no DNA", sete gerações de tentativas de felicidade, de tentativas de amor, de tentativas de leveza de espírito e como não podia deixar de ser, "de solidões anunciadas"...  Um livro no mínimo “instigante” e extremamente rico em imagens,  belas imagens! -  Adorei  a oportunidade de poder ouvir de Psiquiatras, Professores de História, de Literatura, de Ciências Políticas, opiniões, não excludentes,  e sim,  depoimentos que vão dando forma ao quebra-cabeça que é o material literário que Garcia Marques produziu. Comentou-se sobre  questões “políticas”, complexidade psíquica dos personagens,   “identidade Latino-Americana”   e sobre a “escrita “confessional do autor em questão, que sempre mescla a realidade, a sua própria realidade, com a ficção (muitas das histórias escritas por ele são histórias vividas, com toda certeza, com uma dose do “mágico”). Outros livros como “O Amor no Tempo do Cólera”, do Amor e Outros Demônios entre inúmeros outros títulos que compõem  a obra do escritor colombiano, também "fascinantes", estão à disposição prontos para serem "saboreados" e sempre deixando marcas profundas em leitores mais "sensíveis"   Falou-se também sobre um conto intitulado “A Santa” que conta a história de  um pai  que luta, por mais de duas décadas, pela canonização de sua filha, já que seu corpo, depois de enterrado, conservara o frescor da vida após a morte, e este pai carrega este corpo em suas andanças – é obvio que eu fiquei morrendo de vontade de ler -  é parte do livro “DOZE CONTOS PEREGRINOS”  que está a venda na livraria KUNDA em Foz do Iguaçu, onde acontece os encontros do grupo, que vai se repetir todo primeiro sábado de cada mês. Imperdível! O próximo autor a “entrar na roda”, cogitou-se ser “Julio Cortázar", belga de pais argentinos,   que seguiu a mesma linha literária de García Marques e sua obra é não menos “brilhante” que  a do colombiano! Vamos aguardar!   

A Propóstio: *nossos "hermanos", argentinos, uruguaios, paraguaios, colombianos (cito estes porque eram os países representados neste dia), têm a questão "latina" muito mais "à flor da pele" que nós "brasileirinhos", obviamente que com exceções, são em sua maioria muito "politizados", conhecedores da história de nosso continente - as lutas, o sangue, as glórias -  será uma questão "idiomática"? ou é devido ao "samba" ? qué pasa?*










# KUNDA - Livraria Universitária, Rua Almirante Barroso, 1473 - centro, Foz do Iguaçu
  fone 45 3523 4606






5 comentários:

  1. Puxa, como sinto neste momento em viver longe de Foz... =S

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  2. Volte, Lika rsrs obrigada pela visita! bjs

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  3. Adorei o texto! Adoro leitura...
    E é com pesar que digo (o que eu penso, não quer dizer que seja real... hehe) que estamos - os brasileiros em feral - mmmto mais preocupados com o samba e o futebol do que com as possibilidades mil que a leitura nos dá!

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  4. Wynia: que belo texto! gostei muito de como vc registrou aquele memorável evento. To vendo que vou ter mesmo que ler esse cronópio Garcia Marquez. Já achei o Fim de Jogo, do Beckett, a propósito. Essa semana irei devorá-lo com cerimônia. Beijos e namastê.

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  5. Dani, ainda bem que nós sabemos e aproveitamos isso, não? Jeane, que prazer tê-la por aqui querida! e realmente esse Garcia Marques é um exemplo de Cronópio!bjs!

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