sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"...ligeiramente antropofágica..."



         Na noite de ontem, 18/08,  aconteceu, no Salão de Eventos da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, o lançamento do livro  Cronópio Godot, da poeta iguaçuense Jeane Hanauer. Quem esteve presente pode compartilhar momentos inesquecíveis para a história da produção literária na cidade. Jeane falou de sua trajetória e de seu “caso” de amor eterno com a palavra, suas inquietações, suas dores, suas dúvidas, sua embriaguez, como fica bem explicito em sua poesia genuinamente confessional, verdadeira, envolvente e perturbadora!
        Pedro Bandeira, escritor de suma importância no cenário nacional (Pedro já vendeu mais de 22 milhões de livros, coleciona prêmios e hoje é o autor preferido de crianças adolescentes e educadores), autor do prefácio de Cronópio, esteve prestigiando e homenageando com suas generosas e delicadas palavras (e presença)  nossa poeta. Uma reunião “quase” íntima, com poucas, porém especialíssimas presenças de amigos e colegas  também escritores, com destaque para a participação de Adelino de Souza – Diretor/Presidente da Fundação Cultural – que surpreendeu e emocionou à todos, recitando um poema de Jaime Caetano Brown, seu presente para Hanauer – singelas atitudes tocam nossa alma frágil e sedenta de calor (que delicadeza!). Assim passaram-se as horas, regadas a um bom vinho, sonoplastia de primeira, Willian Nunes e Yuri Amaral, trazendo as deliciosas presenças de Villa Lobos e Yann Tiersen    ao piano,  Orquídeas do “PARAÍSO”  e o mistério inebriante e tempestuoso da poesia e da palavra em cada olhar. Ainda acredito que esta cidade, Foz do Iguaçu, possa ser notícia nacional pela produção artística de seu povo e não pelos fatos trágicos e acontecimentos policiais.  Já temos o queijo, saborosíssimo sendo preparado e sobrevivendo, por absoluta teimosia, nas alcovas, agora resta aos “detentores das facas", terem a elegante atitude de cortá-lo... Sucesso sempre e muita inspiração para Jeane Hanauer!            

 Jeane Hanauer

Pedro Bandeira & JeaneHanauer

Yuri Amaral interpretando "Yann Tiersen"

Nilton Bobato&Jeane Hanauer

Adelino de Souza - Diretor/Presidente da Fundação Cultural
William Nunes interpretando "Villa Lobos"

JeaneHanauer & Tenn Simioni


Dr. Renato & Alex Schorsch, brindando GODOT...




o escritor Pedro Bandeira & Joane Vilela (Secretária Municipal deEducação)

Lindas orquídeas do "Paraíso das Orquídeas"

Jeane Hanauer, autografando seu "Cronópio Godot"

FUGAS
Fujo para lugar nenhum
todo dia.
Elaboro planos de fuga,
disfarces,
rotas,
esconderijos.
Cavo túneis subterrâneos
e nada:
volto, pródiga, ao poema.
(Jeane Hanauer em "Cronópio Godot")


Paraiso das Orquideas 
(45 3529 0100)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

espasmos...

"Abriu os olhos, contemplou o relógio despertador e mesmo sem sair da cama, alcançou o copo com o liquido escuro que resultou do maceramento de fumo tirados de dois cigarros MALBORO com meio copo de água  que havia minuciosamente preparado na noite anterior e em sua solteirice, tragou em goles largos, doses  de esperança e  veneno. Após ânsia, fechou os olhos e novamente adormeceu..."

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

o dito pelo não dito...

Há um "hiato" entre os verbos do ditado "vivendo e aprendendo" muito bem difarçado pela quase insignificante presença do "e" (= QUEBRANDO A CARA, SE F... , SENDO APUNHALADO")

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

UmTeatro para "iniciados"

É o que propõe o "TEATRO DO EXCLUIDO" com o espetáculo GUIZOS que está em cartaz no Teatro da Lupah aos sábados e domingos aqui em Foz do Iguaçu. Estive entre os "doze" (número máximo de espectadores por sessão) neste sábado dia 30 e pude conferir a produção "bem cuidada" e "econômica" , num bom sentido, tudo com "cara" de teatro profissional, também, no melhor sentido, não sabendo se todos os envolvidos  o são. Um "espetáculo"que prima pela palavra, dita de forma quase sempre "linear" (esboça intenções, talvez "intencioanlmente") pelo único ator em cena Gabriel Pasini. Não é interativo, embora, algumas vezes o texto coloca, nós espectadores, como os "fantasmas" do personagem e quebra a "quarta parede", através da força da palavra o que causa um certo "desconforto", já que somos pegos de "surpresa" dentro daquela situação "inesperada" e "incômoda" , sem olhos e com a boca costurada! Um personagem-narrador, transita entre a lucidez e a insanidade, lembrando muito a temática de Egar Allan Poe e uma interpretação muito bem marcada, coreografada, precisa, nada convencional, assim como o espaço, assim como o Teatro deve ser, livre e verdadeiro. É um alívio, de certo modo, saber que aqui, existem pessoas que estão dispostas a experimentar outras formas de se fazer teatro, talvez "nova" na região, mas que está sendo feito e visto em outras cidades, em outros estados, em outros países, em detrimento dos "enlatados e do besteirol" . Um Teatro  "provocador", que nos dá outras opções, que sugere outros caminhos, que permite outras experiências, que acima de tudo, ao que parece, busca a "transformação", em minha opinião, a principal caracteristica da Arte. Iluminação e sonoplastia não se destacam, com certeza por estarem exatamente onde deveriam estar. Parabéns ao  autor e diretor Luiz Henrique Dias, à Gabriel Pasini, à toda equipe.
Minha vontade de voltar, aumentou um pouquinho mais! Se eu fosse vocês, não perderia!




até 04 de setembro 
sabado 20:30hs
domingo 19:30hs
Teatro da Lupah - Rui Barbosa, 1172 sala 2
teatrodoexcluido@gmail.com